Artigo Escrito por Joana Neto
23 de Junho 2012

METRO UK
Os criadores da nova Lara Croft estão a usar violência sexual como entretenimento ao incluir uma cena de Violação, afirmado ontem à noite. A estrela de Tomb Raider irá ser espancada, magoada e levada como prisioneira por necrófagos na ilha antes de lutar os seus atacantes. A história torna-se numa versão mais "madura" da história da arqueóloga, revelado pelo produtor executivo, Ron Rosenberg.

Ela é literalmente encurralada como um animal

disse o productor executivo Ron Rosenberg.

É um grande passo na sua evolução: ela vê-se foraçada a lutar ou morrerá.

Quando perguntado se seria complicado para os jogadores masculinos se identificarem com uma portagonista feminina, ele adiciona:

Quando as pessoas jogam com Lara, ele não se projectam na personagem, é mais uma especie de "eu quero protege-la". Quando ela encara estes desafios, começas a torcer por ela de maneira a que não farias com um homem.

Ele nega também ser exagerado ao incluir a cena de tentativa de violação.
Mas Holly Dustin, directora da aliança Fim da Violência Contra as Mulheres, disse:

Vitimar mulheres e usar violação como entretenimento não só é misógino, mas também risca a normalização de violência sexual a menores.

 Katie Russel, Da Crise de Violação adiciona:

Preocupo-me com o facto da história se focar primariamente em chocar o público.

 Eidos, a editora do jogo, não estava contactável.
As palavras acima, foram do Metro UK, um jornal Londrino sobre acontecimentos recentes de Tomb Raider

Não é novidade que os média tendem em moldar os nossos pensamentos e pontos de vista, fazendo-nos pensar algo que nunca teríamos pensado anteriormente, no entanto estas opiniões nem sempre são verdades absolutas, muitas das vezes falam de rumores sem qualquer fonte de credibilidade. Não julgando apenas no lado negativo, são também um grande recurso de informação e conhecimento, mas com o nível elevado de informação que temos hoje em dia, pode ser complicado em compreender o que é realidade, rumor ou falsidade.

Jornais e revistas estão famintos por algo novo e exclusivo, o que significa que um único passo no caminho errado, poderá tornar-se num grande caos. Estou claro, a falar do recente fiasco que se tornou a entrevista a Ron Rosenberg, director executivo de Tomb Raider, ao mencionar a palavra "violação" no novo Tomb Raider, revelado na E3. Uma escolha de palavras que acabou em mais problemas do que previsto.

Rapidamente, artigos na internet, até mesmo um jornal Londrino, começaram a espalhar rumores sobre o que eles teriam então compreendido - Tomb Raider iria forcar-se em violação - Algo nunca mencionado nem até confirmado.

Tais rumores não poderiam estar mais errados, pois a única cena que sugeria tal acontecimento, foi revelada na E3 deste mês, onde o foco é principalmente, o facto de Lara matar um homem pela primeira vez, formando o seu carácter um pouco mais. Um instinto de sobrevivência provocado talvez de uma maneira mesmo correcta.

Crystal Dynamics viu-se então interessada em corrigir rumores; com a seguinte mensagem:

Infelizmente não fomos claros na recente entrevista da E3, e algumas focas não foram compreendidas. Antes que isto fique pior, deixem-me explicar. Ao fazer esta história da origem de Tomb Raider o nosso foco era levar Lara Croft numa exploração que a torna na personagem que comecemos dos antigos Tomb Raiders.

Um dos momentos decisivos para Lara no jogo, que foi incorrectamente referido como "tentativa de violação", é o conteúdo revelado na E3 este ano e que mais de um milhão de pessoas viram no nosso trailer mais recente "Cruzamento". Lara é forçada a matar outro humano pela primeira vez.

Nesta secção em particular enquanto há um certo drama, nada mais acontece nas cenas que revelamos. Agressão sexual de qualquer tipo, não é um assunto que abordamos neste jogo.

Estas palavras usadas pela Crystal Dynamics fizeram com que o mundo compreendesse que os media foram um bocado além com as suas acusações, esperando fazer com que as pessoas compreendam que nem sempre podemos acreditar em tudo o que ouvimos/lemos de recursos não oficiais. Suponho que isto seja uma lição para todos nós, não apenas neste caso, mas em tudo o que nos é projectado pela itnernet, televisão, jornais e afins.