Análise de LC:GoL feita pela UOL Jogos

by - quinta-feira, agosto 19, 2010

ANDRÉ FORTE
Colaboração para o UOL
Exclusivo temporariamente para a Xbox Live, "Lara Croft and the Guardian of Light" é uma das melhores opções da temporada Summer of Arcade do Xbox 360, período em que são lançados apenas games que a Microsoft considera de alta qualidade.

A nova aventura de Lara está bem diferente das anteriores, deixando de lado a ação em terceira pessoa e assumindo um estilo mais simples e casual.






A visão não é mais em terceira pessoa, mas em um ângulo superior de câmera, o chamado estilo isométrico. Além disso, o jogador pode aproveitar a aventura ao lado de um amigo no modo cooperativo. Enquanto um controla Lara, o outro comanda o guerreiro Totec, um guerreiro milenar que retornou à Terra, e juntos devem dar cabo de dezenas de inimigos e resolver enigmas.

A história gira em torno de um antigo conflito entre deuses da guerra por um artefato chamado Mirror of Smoke. Lara encontra o objeto, que é roubado por mercenários e o mal toma conta do mundo. Agora, a heroína terá a ajuda de Totec para colocar um fim nisso. Na verdade, a trama pouco empolga e serve apenas como pano de fundo para uma divertida e compensadora ação em estilo arcade, que funciona de forma muito divertida tanto no modo solo, quanto no cooperativo.

Lembranças remotas

O nome "Tomb Raider" não aparece no título do jogo e, assim, Crystal Dynamics aproveitou o carisma de Lara Croft para criar uma aventura nova para a heroína, sem qualquer tipo de comparação com os demais jogos da arqueóloga.

O visual do jogo é simples do ponto de vista técnico, mas não deixa de ser lindo. Os cenários são extensos e contam com diversos pontos para explorar e explodir, ainda que os caminhos sejam lineares. A câmera acompanha com eficiência a ação do jogo para um ou dois jogadores, porém a localização de alguns pontos superiores do cenário pode atrapalhar a visão no meio de um tiroteio ou de alguma exploração a pontos mais distantes.

além disso, os personagens e inimigos são modelados com capricho, mesmo contando com apelo nitidamente voltado para o estilo mais casual do jogo e, portanto, bem diferente do visual realista dos últimos jogos da franquia "Tomb Raider".
Da antiga série, aliás, sobrou apenas o estilo da trilha sonora e a trama sem muita inspiração. O restante é completamente diferente. A ação é constante, com tiroteio para todos os lados. O controle dos personagens lembra bastante o clássico "Geometry Wars": a alavanca analógica da esquerda controla os movimentos do jogador, enquanto a da direita cuida da mira dos tiros.

Tal configuração é muito precisa e não é difícil de se acostumar. Os famosos quebra-cabeças de "Tomb Raider" continuam, porém são mais fáceis e práticos para que os jogadores não percam muito tempo para progredir nas fases. Paralelamente, há desafios menores, como coletar relíquias, destruir elementos do cenário ou coletar itens e armas.

Lara, por exemplo, pode lançar e segurar um gancho para que Totec caminhe por um abismo, enquanto ele atira lanças em paredes, improvisando escadas que dão à heroína acesso a lugares até então inatingíveis. No modo para um jogador não há Totec e o jogador assume o controle de Lara, que ganha habilidades, como atirar lançar iguais às de Totec.

A diversidade de pequenos de desafios forma um conjunto agradável de ação para um ou dois jogadores, cujo objetivo se resume a alcançar a maior pontuação e chegar ao fim do cenário. A dificuldade não é muito grande e o intuito claro de "Lara Croft and the Guardian of Light" é divertir e oferecer uma mecânica simples e eficiente, agradáveis surpresas no visual e puzzles curtos, mas criativos.

CONSIDERAÇÕES

O estilo arcade de "Lara Croft and the Guardian of Light" se consolida como uma das melhores aventuras da arqueóloga. A Crystal Dynamics conseguiu criar uma trama paralela muito divertida e mais focada ao público casual, sem comprometer a imagem da personagem junto ao público mais experiente.

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